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Velha Barra do Tarrachil-BA.

Saudades da velha Barra do Tarrachil-BA.
A origem do nome Barra do Tarrachil é atribuída a uma homenagem ao riacho Tarraxil ali existente. “Na época das chuvas o mesmo desaguava no Rio São Francisco, onde suas águas ficavam em formas de barras, daí os mais velhos batizaram o lugar como Barra do Tarrachil.”
  Segundo o Arquivo Público da Bahia a Fazenda Tarraxil já existia desde 1779. Lá tinha uma Casa onde morava  Manoel Moreira da Silva seu filho Liborino e os escravos José, Maria, Lautério, Quitéria,  e Manoel; os agregados Maria e Quitéria – 9 pessoas.
  Já em 1857, segundo o Arquivo Público da Bahia, aparece uma relação com o nome dos terrenos e o nome das pessoas que compraram terras à margem do Tarrachil, e na Fazenda  Barra do Tarrachil ao procuradores da Casa da Torre Sebastião José Lopes e Nicolau Tolentino da Conceição.
  Em 1932 na beira do rio havia apenas duas casas de taipa pertencentes ao Senhor Francisco Nery de Santana casado com Teodora Maria da Conceição e a André do Nascimento. Eles tinham duas canoas a remo que serviam para pescar e também atravessar o rio para ir à Belém do São Francisco fazer compras ou ir ao  médico quando necessário.
  Os primeiros habitantes foram Severo Francisco da Silva, Teco Ferreira da Silva e André Francisco da Silva.
  Ao lado da nascente existia a fazenda Mulato de propriedade do  senhor Policarpo Rodrigues Lima, filho do Major Domingos, natural de Rodelas - BA, grande criador de gado. Ele comprava as boiadas em Jacobina – BA e Senhor do Bonfim – BA e desciam para Rio Branco, atual Arcoverde, em Pernambuco.
  Os tangedores desciam a pé tocando a boiada. No caminho tinha a casa do Senhor Antonio dos Santos, casado com Antonia. Como a casa era grande os tangedores ali se hospedavam para descansar. Colocavam o gado num cercado e ali ficavam de um a dois dias, depois seguiam viagem. Chegando à beira do rio jogavam os bois na água e atravessavam nadando. Naquela época não havia porto e nem balsa, só o lugar de passagem dos bois. O resto era tudo coberto de árvores.
  Depois foram chegando outros moradores e construindo mais casas, todas de taipa. Esses moradores foram se apropriando das terras da beira do rio para plantar.
  Em 1942 chegou na região um coletor, o Senhor Moisés da Rocha França, vindo de Salvador para cobrar impostos para o Estado, já que aqui se tornara fronteira de passagem de boiadas para o Estado de Pernambuco.
  Ao chegar, Moisés, gostou muito do lugar. Achou que o lugar poderia ter um futuro promissor. Mandou desmatar, fez um porto e construiu uma casa de tijolos para ele morar com a família e depois construiu mais sete para vender ou alugar, todas de tijolos. E assim começou a organizar o povoado.
  As boiadas iam aumentando e a travessia dos bois ficava mais difícil através do rio, então o Senhor Policarpo teve a idéia de mandar fazer uma balsa para atravessar os bois. Era uma balsa à vela como a foto anexa. Até então não existiam carros. O Senhor Policarpo comprou um jipe. Depois foram surgindo outros veículos na região e, como não tinha balsa para atravessar os carros, os barqueiros adaptaram a balsa de atravessar os bois para atravessar os carros também.
  Os primeiros remeiros foram Antonio Alves, Elói da Silva e Manoel Dias.
  No ano de 1945 foi introduzida a primeira balsa a motor. Era de madeira, tinha o nome de Santa Luzia e pertencia ao Senhor Policarpo Rodrigues de Lima.
  No início dos anos 50 já existiam outras balsas que pertenciam a Brício Tolentino Lima e José Alventino Lima e o povoado já se encontrava bem organizado. O negócio das balsas tornou-se tão lucrativo que, um projeto para uma ponte sobre o Rio São Francisco a pedido do Senhor Moisés ao Governo do Estado, nunca foi realizado. Os donos das balsas não aceitaram e a força política falou mais alto.
  O São Francisco oferece em abundância as mais variadas espécies de peixes.
Ao lado poente existiam duas fazendas, Cachoeira e Rosário, separadas da Barra pelo Riacho Grande onde residiam muitas famílias. Lá cultivavam, nas duas fazendas eram cultivadas as mesmas culturas: a mandioca. Eles exploravam esse produto fazendo a farinha, o polvilho e o beiju pelas técnicas tradicionais das antigas “casas de farinha”.
  A primeira “venda” foi do Senhor Pedro Pereira. A primeira farmácia foi de Pascoal Almeida, A primeira loja de tecidos era do Senhor Lucas Alventino a feira era embaixo de uma árvore.
  O Mercado foi construído em 1960 pelo prefeito Dorotheu Pacheco de Menezes. A primeira professora foi Osvaldo Soares dos Santos, natural de Rodelas que pouco tempo depois veio a falecer. Para substituí-la veio a sua irmã Dulce Soares de Moura.
  Em 1964, o povoado passa a contar com um grupo escolar construído por Dorotheu Pacheco de Menezes, no seu segundo mandato. Nesse  mesmo ano formava-se professora, uma filha do lugar, Ivanilde Gomes de Souza Ramos, que foi a primeira professora a trabalhar nesse grupo escolar. Para auxiliar a professora estadual, o prefeito nomeou as Senhoras Neci Fonseca e Maria Laia Fonseca.
  Na época a escola não era registrada. A professora Ivanilde foi à capital e junto com o prefeito Dorotheu Pacheco, conseguiram registrá-la com o nome de Escola Estadual de Barra do Tarrachil.
  O Centro Educacional Castro Alves foi fundado por Pascoal de Almeida lima, quando foi prefeito de Chorrochó.
 Depois que o povoado já estava organizado, foi construída a igreja por Saturnino Almeida, Coletor Estadual, e o Senhor Pedro Pereira. Primeiro eles pediram ajuda à comunidade, mas, a maior parte do dinheiro foi deles dois.. Foi celebrada a primeira missa na Igreja de São Francisco de Assis pelo Padre Pedro Campos Monteiro, no ano de 1959, a partir daí, todos os anos, no dia quatro de outubro se comemora a Festa de São Francisco, Padroeiro de Tarrachil.
  O encerramento da festa era com uma procissão fluvial. O andor saia da Igreja levando a imagem de São Francisco, em direção do rio. Lá chegando entravam na balsa e iam até o meio do rio cantando, rezando e soltando fogos. Os barcos pequenos e as outras balsas acompanhavam o cortejo levando o povo através do rio.
   Merece destaque em Barra do Tarrachil o trabalho de D.Ercília Fonseca de Souza (D.Necy) à frente dos trabalhos da Igreja
  Este é um resumo da história da Velha Barra do Tarrachil.
Fonte: Professora Neuza Rios Menezes
Imagens: Blog Barra fuxico
                                      Vídeo:
Velha Barra do Tarrachil-BA: blog barra fuxico mata saudades de milhares de tarrachienses com uma linda e emocionante história de um dos melhores lugares de se viver.
A velha Barra do Tarrachil-Ba não existe mais, a mesma está debaixo das águas do rio São Francisco há mais de 20 anos, para quem conheceu sabe do que estamos falando, para quem não conheceu, vai se emocionar com está verdadeira história contada pelo diretor do blog barra fuxico (Tony Bahia) com histórias colhidas de pessoas que viveram na querida velha Barra do Tarrachil-BA.
Em 1988, o distrito da velha Barra do Tarrachil foi tomado pelas águas do velho Chico deixando saudades de um lugar tranqüilo e bom de viver, onde as pessoas dormiam nas calçadas de suas casas, uma prainha de causar inveja de qualquer praia grande, onde os tarrahienses se banhavam e lavavam roupas, um lugar que tinha honestidade e a falsidade passava longe, quem não se lembra da mangueira de dona Ermínia, da goiabeira de dona Neusa, do barracão onde era feita a feira de verduras, legumes e frutas, sem falar das peladas que muito jogador praticava todos os dias, estamos falando de um lugar que não existe mais, há não ser em nossos pensamentos, quem não se lembra do bom time de futebol que na velha Barra do Tarrachil era praticado pelos os melhores jogadores que já existiram no distrito tarrachienses.
Velha Barra do Tarrachil-BA, que saudades de você, que saudades de quem morava por lá, é ruim não poder está na velha Barra do Tarrachil, mas é bom relembrar de grandes e bons momentos que cada um dos tarrachienses passaram naquele lugar maravilhoso, quem não recorda da comida caseira ou até mesmo do pirão de café como era chamado, e gostosos de se comer, a saudades são grandes de tudo que vivemos na velha Barra do Tarrachil, você deve relembrar da casa de farinha, do cajueiro de dona Gertrudes, da areinha de dona Biata, você não esqueceu das discotecas de Lior, Gerssina e Pedrinho do Bar, são tantas emoções que as vezes penso que estou de volta a velha Barra do Tarrachil, relembrando de tudo só no barra fuxico, nos sonhos em pensamentos, você se lembra dos bares onde muitos bebiam seu golinho de cachaça, da amizade que ficou pra trás e da segurança que era uma das melhores d região.
Se você tem uma história da velha Barra do Tarrachil, mande para nossa redação que será publicada neste meio de comunicações: barra-fuxico@hotmail.com
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                    Recuperação de imagens: Tony Bahia.


            Fonte: Barra Fuxico de Barra do Tarrachil-BA.