O que era para ser um acontecimento normal no Sítio Baixa do Gato, na zona rural do município de Lagoa Grande, no Sertão de Pernambuco, virou motivo de curiosidade. Na última quinta-feira (29/06), os moradores da propriedade foram surpreendidos com o nascimento de um pinto com três patas.
“Foi uma surpresa. Eu, particularmente, já tinha ouvido falar, mas nunca tinha acontecido isso conosco, em nossas criações. Estamos morando há um ano no sítio e essa é a segunda ninhada que as galinhas tiraram lá e dessa vez veio esse pinto com essa anomalia. Eu e minha esposa achamos interessante e uma surpresa ao mesmo tempo”, conta Antônio Ivanias, dono do sítio, conhecido como Ninho Pernambuco.
De acordo com o médico veterinário e professor de Genética e Melhoramento Animal da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), João José de Simoni Gouveia, o pinto nascido no Sítio Baixa do Gato tem uma condição chamada de Polimelia, que “é uma alteração do desenvolvimento embrionário caracterizada pelo nascimento de indivíduos com o número de membros a mais do que o normal”. “Mas, alterações durante o desenvolvimento embrionários causadas por, exemplo, alguns princípios tóxicos, a presença de alguns agentes infecciosos, também podem levar ao desenvolvimento de indivíduos com algumas anormalidades como essa. Então, esse é um caso que, nesse primeiro momento, a gente considera uma alteração congênita, que significa dizer que o indivíduo nasceu com aquela alteração morfológica e que pode ter origem genética ou não”. Além do pinto de três patas, o dono do sítio conta que a galinha chocou mais seis ovos. Um dos pintinhos nasceu com um tumor na cabeça e morreu em seguida. Os outros, incluindo o de três patas, estão bem. “Ele estava com 12 ovinhos, mas chocou seis. Um nasceu com a anomalia na cabeça e morreu, aí ficaram cinco, três pretinhos e dois brancos”, diz, Antônio, destacando que o pintinho de três patas já virou xodó da família, principalmente da filha dele, de 4 anos. “Ela já viu e ficou surpresa. Inclusive, ela é quem gosta desse contato com os animais”. Mesmo com a condição diferente dos demais, o professor da Univasf afirma que o pintinho tem condições de chegar a vida adulta. “Possivelmente. Se ele tiver um nível de cuidado diferenciado, que ele chegue até a vida adulta. Nesse caso, essa alteração não é uma alteração que, aparentemente, vai ser incompatível com a capacidade desse indivíduo se desenvolver. Talvez ele tenha alguma dificuldade de interação em algumas situações, mas pelo que eu vi no vídeo, o local onde a perninha adicional está, não vai, provavelmente, alterar em nada a capacidade desse indivíduo se manter”.
Redação: TV Tony Bahia notícias de Barra do Tarrachil-BA.
